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Condomínio novo

Moradores cobram na Justiça melhorias em condomínio residencial

Moradores do Condomínio Residencial Palazzio Di Roma, no bairro Nova Petrópolis, em São Bernardo, entraram com ação na Justiça contra a construtora e incorporadora Nazaré devido a problemas estruturais no prédio, entregue em agosto de 2013, onde residem atualmente 64 famílias. Entre os principais transtornos citados estão instalações elétricas sem proteção, vigas deterioradas, vazamentos, rachaduras, além de bolor e mofo nos apartamentos.

A principal preocupação dos munícipes é o risco iminente de acidentes, principalmente na garagem. que coleciona inadequações. Além de paredes tomadas por infiltrações e com vigas de aço corroídas, a estrutura não respeita padrões básicos, como o tamanho das vagas destinadas aos veículos, que são diferentes. A existência de rachaduras e água parada quando chove completam a lista de transtornos.


O gerente de vendas Luiz Antônio Ferreira Júnior, 39, revela que sequer foi realizada vistoria antes da entrega das chaves.

“Infelizmente só descobri que a construtora é de péssima qualidade depois da compra. Meu irmão mora em outro prédio construído pela Nazaré e também tem muitos problemas”, lamenta o morador que, insatisfeito, já tenta vender o imóvel.

“É um bairro nobre, pagamos caro (os apartamentos custam em média R$ 350 a R$ 400 mil), mas ninguém que visita o imóvel e vê as rachaduras e a infiltração quer comprar”, lamenta. Um dos motivos que o incentivam a trocar o apartamento recém-comprado é o estado de saúde da filha, de 1 ano e 3 meses. “Ela desenvolveu uma alergia extrema. Temos de ir para o hospital direto.”

“Nesta semana, caiu uma chaminé do 17º andar em cima de um brinquedo no parquinho das crianças, que por sorte estava vazio no momento. Imagina se acontece uma tragédia”, ressalta o professor Edgard Guarda, 36 anos, morador do local desde novembro de 2013. Ele acredita que os transtornos foram causados devido a existência de lençol freático embaixo do terreno onde foi erguido o prédio.

“Se a gente analisar, esse condomínio foi entregue inacabado. Quando reclamamos, a construtora se limita a fazer reparos básicos, mas não resolve o problema na raiz. Nosso medo é vencer os cinco anos de garantia da construtora e ficarmos na mão”, afirma.

O processo judicial corre na 3ª Vara Cível de São Bernardo, sob os cuidados do juiz Rodrigo Faccio da Silveira, desde novembro de 2014, mas ainda não houve conclusão.

A mesma construtora também é alvo de ação na 4ª Vara Cível da cidade devido a problemas no Condomínio Residencial Spazzio Venezia, na Vila Dayse – neste caso, de responsabilidade do juiz Sergio Hideo Okabayashi.

“Queremos que seja feita justiça, que a construtora refaça o serviço e solucione os problemas e que a gente consiga resolver as pendências de AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros) e cobertura securitária”, considera o gerente de riscos Thulio de Carvalho Agostinho.

A equipe do Diário tentou localizar os proprietários da construtora, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.