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Explosão destruiu quatro apartamentos e comprometeu outros quatro. Famílias foram cadastradas em programa de auxílio-aluguel. Por Paulo Paixão, Rede Amazônica

Chega a seis o número de feridos na explosão que provocou a destruição parcial de um bloco com oito apartamentos em um condomínio na Zona Norte de Manaus. A suspeita é que a explosão tenha sido ocasionada por gás de cozinha.

Um dos feridos, um homem adulto, foi levado em estado grave para o Hospital Pronto-Socorro 28 de Agosto. Segundo boletim da Secretaria da Saúde, ele apresenta queimaduras em 80% do corpo e está recebendo cuidados da equipe médica e de enfermagem da unidade.

Outras quatro vítimas, todas crianças, receberam os primeiros atendimentos na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Campos Sales e foram encaminhadas em seguida para os Pronto-Socorros da Criança da Zona Oeste e Zona Sul, onde estão recebendo tratamento médico e sendo acompanhadas pela equipe multiprofissional da unidade. Informações sobre quadro de saúde de pacientes são reservadas à família.

Outra vítima teve ferimentos leves e não precisou de hospitalização. Trata-se de Jéssica Carvalho, de 26 anos. Ela vivia no apartamento de cima da unidade em que ocorreu a explosão e sofreu várias queimaduras.

A jovem relata que um funcionário do condomínio foi até a casa dos moradores para tentar descobrir o local em que havia fuga de gás. "O vizinho de baixo vende sanduíche. Ele veio acordando e acendeu o gás, foi aí que explodiu", afirmou a vítima, que estava no quarto no momento da explosão.


"Eu só me lembro da explosão e eu saindo dos escombros", disse a vítima, que preferiu não ir para o hospital por causa do coronavírus. Ela está no apartamento da cunhada, localizado no mesmo condomínio.

O advogado do condomínio, Paulo Oliveira, afirmou que não tinha informações se havia um comércio funcionando no local. "O condomínio é residencial, por isso é proibida a realização de atividade comercial aqui. Nós inclusive temos ação tramitando para fechamento de 12 unidades que operam comercialmente. Está na Justiça, estamos aguardando o resultado, mas esse imóvel especificamente nós não tínhamos conhecimento", disse.

Segundo Oliveira, a empresa fornecedora de gás está realizando uma inspeção no condomínio todo.

Segundo a Prefeitura de Manaus, as famílias que moravam no bloco de apartamentos precisaram deixar a área. Elas foram cadastradas no programa municipal de auxílio-aluguel.

De acordo com o diretor de Operações da Defesa Civil, major Robson Falcão, será necessário demolir parte da estrutura, que corre risco de desabamento.

"Os oito apartamentos foram condenados, não podem ser utilizados. Todo o prédio foi interditado e a área isolada, para evitar qualquer tipo de problema. O Instituto de Perícia Criminalística, da Polícia Civil, foi acionado, para também fazer o seu laudo e liberar o espaço ao condomínio, para que sejam feitas as demolições necessárias, uma vez que o local está em risco de desabamento, por isso foi interditado”, explicou o major.