Para economizar tempo e dinheiro, famílias buscam empreendimentos que ofereçam espaço para se exercitar, as academias
O dia reflete seus primeiros raios de sol e a academia do Garden Ville Residence, no bairro Forquilhas, em São José, já começa a receber a movimentação dos primeiros moradores. São trabalhadores, estudantes, ou mesmo aqueles que simplesmente gostam de começar o dia bem cedo com o pique dos exercícios. A tendência desse tipo de espaço ganha força nos edifícios, dos novos empreendimentos aos mais antigos, atendendo aos pedidos dos condôminos.
Os motivos da procura? São muitos. Daqueles que buscam economizar nas mensalidades em academias ou querem fugir do trânsito e longos deslocamentos, até pais e mães que desejam se exercitar, mas não têm com quem deixar os filhos.
“Ter uma academia no condomínio facilita, e muito, a vida dos condôminos que procuram manter a saúde em dia”, avalia a síndica do condomínio de São José, Daniely Cardoso. Com 16 torres e 512 unidades, o residencial foi entregue já com o espaço, mas o sucesso foi tanto que novos equipamentos estão sendo adquiridos aos poucos.
Segundo Daniely, a academia está entre as principais requisições dos novos moradores, já que as famílias estão interessadas em toda a infraestrutura dos condomínios, não mais somente no interior dos apartamentos. Assim como a síndica, o consultor Lucio Marcos Lubitz Tinti, que é especializado no nicho, confirma que ganha força a procura por esse tipo de espaço no setor condominial.
Das pequenas áreas aos grandes espaços
Embora a academia já esteja presente em grande parte dos projetos de novos empreendimentos, Lucio afirma que é possível implantar a estrutura em condomínios mais antigos. Segundo o consultor, ainda que a área disponível seja pequena, basta optar por equipamentos multifuncionais – esse dimensionamento é feito pelo síndico em conjunto com a empresa especializada.
“Avaliando-se o espaço e a necessidade do condomínio, é possível implantar uma boa academia, que atenda à demanda”, diz Lucio.
Com dezenas de equipamentos, a academia do Garden Ville Residence recebe diferentes perfis de moradores, daqueles que buscam só os exercícios aeróbicos aos que investem na musculação – as esteiras, no entanto, seguem sendo as ‘queridinhas’ dos condôminos, assim como nas academias tradicionais.
Os gastos para manter o espaço, por sua vez, não afetam o caixa do residencial. “Como nossa previsão orçamentária é fixa, temos uma verba mensal destinada para a academia”, relata a síndica.
Gastos, limpeza e conservação
O espaço não é um vilão para o orçamento porque, segundo o consultor Lucio, há no mercado equipamentos modernos, que têm baixo consumo de energia.
“Há equipamentos com motores com corrente alternada, como esteiras, e outros com sistema magnético, como elípticos e bikes, não sendo necessária alimentação elétrica, apenas pilhas palito para o painel, que também têm alta durabilidade”, explica.
Para manter a limpeza e conservação da academia, o residencial de São José conta com higienização todas as manhãs e ao final do dia.
Além disso, a síndica Daniely procura conscientizar os usuários. “Disponibilizamos álcool em gel e também folhas de papel-toalha, para que após o uso do equipamento o morador possa deixá-lo higienizado para o próximo morador”, conta.
A manutenção, por sua vez, é feita de modo periódico, com a revisão e lubrificação das máquinas. “Como é grande o fluxo de uso dos equipamentos, naturalmente são necessárias revisões mais frequentes”, diz a síndica. “Para evitar grandes gastos, sem dúvidas o segredo é investir em equipamentos de qualidade e que atendam à demanda do condomínio”, acrescenta, ao finalizar com um ponto importante: trabalhar com técnicos de confiança, que prestem um serviço de qualidade e com preço justo.
Raio-X das academias em condomínios
Ideias para inspirar
Moradores de todos os perfis frequentam a academia do Garden Ville Residence, inclusive alguns que fazem tratamento de fisioterapia ou contam com personal trainer.
Com a nova prática, a síndica Daniely já está estudando ideias para formalizar essas atividades para grupos de condôminos, com custo mais baixo que o atendimento individual.