Golpes dos falsos boletos nos condomínios

Desconfie de e-mails inesperados e com tom alarmista

A coluna traz hoje um alerta para os condomínios sobre o golpe dos boletos, principalmente, o da cota condominial. Segundo dados da Axur, empresa especializada em riscos digitais, houve um aumento de 785% nesta prática criminosa somente em 2021. O chamado “boleto falso” faz várias vítimas todos os anos e pode afetar também os condôminos na hora de quitarem seus pagamentos. O alerta é do CondoConta, banco exclusivo para este nicho de mercado que orienta como identificar e se proteger desses golpes.

De acordo com a instituição, são várias as formas de envio de um boleto falso. A principal são os e-mails alarmistas, que consiste no recebimento de uma mensagem do tipo “urgente, você tem um boleto em aberto” ou “você tem uma dívida em nosso sistema”. No e-mail, ao clicar no link para uma página falsa, que gera o boleto fraudado, os cibercriminosos instalam um tipo de malware (mais conhecido como vírus) no computador. Para evitar problemas, sempre desconfie de e-mails, especialmente os inesperados. Na dúvida, entre em contato com a empresa ou administradora do seu condomínio para verificar a legitimidade da mensagem.

Desconfie de anexos e links

Outra orientação é desconfiar de anexos ou de links na mensagem. O arquivo do boleto falso geralmente tem formato ZIP, mas, normalmente, faturas por e-mail são baseadas em arquivos PDF. Checar o remetente do e-mail e observar grandes erros de formatação ou de escrita na mensagem também são cuidados que ajudam a identificar golpes.

De acordo com Rodrigo Della Rocca, CEO e fundador do CondoConta, a transparência entre síndicos/administradoras e condôminos é fundamental.

“Ao desconfiar de um boleto, uma simples consulta com a administradora para confirmar os dados ou até a solicitação de uma segunda via por meio dos canais oficiais pode evitar um prejuízo financeiro e uma grande dor de cabeça. Por isso, é importante que o relacionamento entre as partes seja o mais transparente e fluido possível”, observa Della Rocca.
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Consulte a Febraban

Vale lembrar que todos os boletos precisam ser registrados com informações do banco para o qual se está efetuando o pagamento. Os três primeiros dígitos do boleto contém essa informação e os dados permitem fazer uma pesquisa simples para descobrir se são verdadeiros. Por exemplo: se o boleto é para ser pago para o Itaú, cujo código é 341, e começa com 237 (código do Bradesco), esse boleto é falso. Os códigos podem ser encontrados no site da Febraban (Federação Brasileira de Bancos): portal.febraban.org.br.