Bairros da Zona Sul concentram as taxas de condomínio mais caras que chegam a superar o valor do aluguel
Na hora de alugar um imóvel, não basta pesquisar localização e preço da locação. É preciso estar de olho também nas demais despesas que ficam por parte do inquilino, como IPTU e condomínio. E elas podem, inclusive, extrapolar os custos com a moradia.
Em São Paulo, 2% dos locatários da imobiliária QuintoAndar chegam a pagar mais caro em imposto e taxa de condomínio do que no aluguel em si. No Rio de Janeiro, o percentual sobe para 3,4%, segundo levantamento da imobiliária.
Os bairros que concentram o IPTU e condomínio mais caros na capital paulista estão na Zona Sul da cidade. No Parque Real, a proporção de inquilinos que gastam mais com essas contas do que com a própria locação chega a 23,3%. No Portal do Morumbi, o percentual é de 20,1%, no Panamby, vai a 14%.
Em média, o gasto com condomínio e IPTU fica em 35% do valor cobrado pela locação. Por exemplo, se um imóvel tem aluguel de R$ 1 mil por mês, os locatários costumam pagar outros R$ 350 a mais para arcar com essas despesas.
Na Zona Sul, em bairros como Parque Real, Portal do Morumbi, Panamby, Morumbi e Vila Sônia a taxa de gasto com essas contas passa de 80% do valor da locação. Ou seja, num aluguel de R$ 1 mil seria preciso desembolsar mais R$ 800 só para condomínio e IPTU.
Por outro lado, bairros da Zona Norte e Zona Leste, Ermelino Matarazzo, Ponte Rasa, Artur Alvim, Vila Ré e Jardim Brasil têm um custo relativo bem menor.
Enquanto conservação do imóvel e localização são fatores-chave para determinar o preço do aluguel, a taxa de condomínio depende de variáveis como gastos com funcionários, manutenção e conservação de áreas comuns, como elevadores, áreas de circulação, piscina e espaço gourmet.