Porto Alegre abre cadastramento para coleta seletiva nos condomínios
Inicia segunda-feira (1º) o serviço de busca ativa do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), de Porto Alegre. Nesta ação, servidores do departamento visitarão os condomínios da capital e seus responsáveis para oferecer o cadastramento para uma coleta seletiva diferenciada, com a entrada dos garis nos locais para fazer o recolhimento, evitando assim a necessidade de colocar os resíduos recicláveis no passeio público para a coleta.
O serviço compreende também em informar os moradores de condomínios sobre a correta separação dos resíduos orgânicos e recicláveis, dando uma destinação ambientalmente correta aos mesmos, além de orientação quanto a possibilidade de autuação e multa quando houver a mistura dos resíduos.
Com a entrada dos coletores do DMLU nos condomínios, o objetivo é aumentar a quantidade de resíduo seletivo enviado para as 16 Unidades de Triagem de Porto Alegre, aumentando dessa forma a renda dos cerca de 600 trabalhadores que dependem do serviço de coleta seletiva.
“Esta é mais uma ação para tentarmos combater a coleta clandestina de resíduos recicláveis, oportunizando que os geradores não sejam obrigados a colocar estes materiais no passeio público”, destaca o diretor-geral do DMLU, René Machado de Souza.
Vantagens
Além dos benefícios sociais, a entrega dos resíduos recicláveis à coleta seletiva traz vantagens ambientais e econômicas. Diariamente, o DMLU recolhe nas residências cerca de 1.126 toneladas de resíduos. Desse total, 51 toneladas são de recicláveis recolhidos pela coleta seletiva.
As quase 1.100 toneladas restantes são de resíduos orgânicos e rejeito da coleta domiciliar. Soma-se aos orgânicos e rejeito os resíduos públicos e as cargas recebidas na Estação de Transbordo, em que se chega a um total de 1.640 toneladas/dia de material enviado para o aterro sanitário.
Estima-se que 252 toneladas/dia com potencial reciclável são descartadas indevidamente junto com os orgânicos e rejeito e, com isso, acabam sendo enviadas para o aterro sanitário de Minas do Leão.
O custo total para enviar esses resíduos com potencial de reciclagem para o aterro é de aproximadamente R$ 736 mil por mês, o que equivale a 8,8 milhões por ano.