?Falei da boca para fora?
O síndico do Bloco B da Quadra 103 do Sudoeste, João Carlos Bruno (foto em destaque), 67, ameaçou jogar veneno no gramado próximo ao prédio para evitar que cachorros circulem pelo local, mas voltou atrás. Em entrevista ao Metrópoles, ele disse que a declaração foi “da boca para fora”. De acordo com João Carlos, a ideia era evitar que os animais voltassem ao local.
Em um vídeo que ganhou as redes sociais nesta quarta-feira (22/7), ele discute com mulheres que estavam passeando com os animais de estimação e afirma: “Se vier cachorro aqui, vai morrer”.
Para a reportagem, João Carlos conta que uma mulher andava com as duas cadelas dentro de um parquinho de areia e pediu para ela sair do local. Com a recusa, ele resolveu fazer a ameaça. “Falei que colocaria, mas só para encher o saco dela. É cheio de criança aqui no prédio, não posso botar veneno”, afirma.
No entendimento dele, a área do pilotis do prédio é particular, sendo injustificado qualquer pessoa que não seja moradora passar por ali. “O GDF diz que a área é pública se for lugar de passagem. Aqui não tem caminho para lugar nenhum, só um parquinho e uma horta do prédio”, explica.
Apesar de confirmar que não colocará veneno na grama, Bruno voltou a disparar uma ameaça para não ver mais cachorros circulando pelo parque de areia. “Se trouxerem de novo, eu solto o meu cachorro em cima dos outros. Ele até já arrancou o olho de um outro aí”, comenta.
O caso
De acordo com a estudante Isabella Caetano, 24 anos, a confusão começou quando a mãe dela passeava com as duas cachorrinhas que tem.
“Somos moradoras de outro prédio na mesma quadra. No momento em que ela passou pelo prédio, veio esse homem aos gritos dizendo que ali era área particular, sendo que é pública”, conta.
No vídeo gravado por ela, o homem é claro ao dizer que não quer que animais circulem pelo gramado. “Cachorro anda na quadra”, ele afirma. Em outra parte da discussão, o síndico faz a ameaça de espalhar veneno na área. “Vou colocar porque aqui não é lugar de andar cachorro.”
A estudante chegou, inclusive, a registrar um boletim de ocorrência para que a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investigue o caso.