A ideia ajuda a evitar a ida de pessoas do grupo de risco ao supermercado durante o período de isolamento social

 

Com intuito de auxiliar as pessoas durante o isolamento social em decorrência da pandemia do novo coronavírus, condomínios residenciais de Fortaleza estão disponibilizando aos moradores a opção de mercadinhos dentro do próprio prédio. O objetivo é evitar que pessoas que estão inseridas no grupo de risco precisem sair das dependências dos condomínios para ir a supermercados.

Os minimercados são instalados por uma empresa, que viu uma oportunidade na pandemia. "Já observava a tendência do Honest Market nos mercados americano e japonês e vi que, no Brasil, já existia o mercado consolidado em empresas e torres comerciais, mas faltava essa lacuna nos condomínios residenciais. Foi então que decidimos apostar no modelo, e a pandemia veio para acelerar o processo de adoção, visto a comodidade, praticidade e segurança nas compras, já que as pessoas vêm buscando alternativas para reduzir a saída de casa e aglomerações", pontua Leonardo de Ana, CEO da InHouse Market.

Os minimercados são baseados no modelo de Honest Market, em que o cliente possui total autonomia para realizar sua compra. O consumidor deve escolher o item, escanear no leitor do código de barras do totem e efetuar o pagamento. O estabelecimento funciona em tempo integral durante toda a semana e oferece mercadorias de primeira necessidade.

Instalações

De acordo com o CEO da startup, a escolha dos locais para inserção dos mercadinhos, acontece tanto pela prospecção da empresa, como pela indicação de síndicos que conhecem o projeto através de seus moradores. "Em geral, buscamos condomínios com mais de 100 unidades, mais afastados de comércio e que realmente entendam e vejam valor na nossa solução. Isto é, que buscam essa comodidade adicional", comenta.

O custo médio dessas instalações variam de acordo com cada unidade, que depende da negociação com fornecedores e o tamanho do mercado. Além disso, de Ana pontua que, para o condomínio não há nenhuma implicação fiscal ou burocrática, uma vez que todas as ações são feitas exclusivamente pela empresa.

" O contrato que fazemos com os condomínios é de comodato - ou seja, os condomínios apenas cuidam das nossas gôndolas e refrigeradores e nós fazemos toda a parte comercial e burocrática - incluindo imposto de renda. Isso tudo é bem padrão na verdade, já é feito há muitos anos com vending machines - a novidade está realmente em não usarmos aquelas máquinas mecânicas".