Listas foram coladas nos quatro blocos para os moradores que querem ajudar os idosos em meio à pandemia do coronavírus escreverem seus nomes. Até agora 22 pessoas já aderiram
Em tempos difíceis provocados pela pandemia do novo coronavírus, moradores de um condomínio de Mogi das Cruzes vêm exercitando a empatia e se colocando à disposição dos idosos, que fazem parte do grupo de risco da doença e que, por isso, precisam evitar sair de casa.
No local, a maneira encontrada de ajudar aqueles que mais precisam neste momento foi por meio de listas colocadas nos elevadores dos quatro blocos do condomínio. Assim, os moradores que querem se colocar à disposição dos idosos para atividades como ir ao mercado, à padaria, à farmácia ou a um pet-shop, por exemplo, escrevem o nome, o apartamento onde moram e um telefone para contato.
"A ideia partiu de duas moradoras. Elas levaram para nós iniciativas já colocadas dentro da nossa região e eu aderi. Entendi que seria louvável ajudar aqueles que realmente estão no grupo de risco. Temos aqui um grupo grande de pessoas de mais idade. Esses comunicados foram colocados em cada torre, e cada torre tem a adesão dos moradores que querem ajudar as pessoas da terceira idade", disse a síndica Sandra Monteiro.
De acordo com Sandra, até o momento, 22 moradores já aderiram à ideia, colocando-se à disposição dos idosos, mas também de pessoas que não têm a família por perto e aquelas com alguma dificuldade de locomoção, por exemplo, uma vez que o condomínio também conta com moradores com deficiência.
"Temos notícias de pessoas que têm necessidade dessa ajuda e agradeceram àqueles que se colocaram à disposição. Hoje a administração está de portas fechadas, mas continuamos o atendimento a todos", falou.
Essa iniciativa de auxiliar o próximo não foi a única medida que o condomínio adotou neste período de pandemia do coronavírus. Segundo a síndica, além da intensificação da higienização das áreas comuns, foi recomendado que os moradores cessassem reformas em seus apartamentos e evitassem receber visitas, de modo a reduzir a circulação de pessoas no local.
"Quando a mídia começou a falar a respeito do coronavírus, já começamos a intensificar com comunicados. O primeiro saiu no dia 12 de março. Depois, tivemos outras colocações feitas aos moradores, como o fechamento das áreas comuns, a coleta de lixo sendo tratada de uma forma diferente, a forma de higienização na falta do álcool em gel. À medida que vão acontecendo as alterações com a chegada de decretos, as mudanças da Prefeitura, também vamos notificando os moradores", explicou a síndica.