Problemas estruturais foram responsáveis pela interdição em condomínio na Grande São Paulo na terça-feira (10)

 

A Defesa Civil de Osasco, na Grande São Paulo, retirou na tarde desta quarta-feira (11) os moradores de um condomínio que corria risco de desabamento. Dois prédios foram interditados depois que um laudo técnico apontou problemas estruturais.

Os técnicos da Defesa Civil vistoriaram os prédios depois que receberam uma denúncia anônima a respeito de rachaduras presentes no Condomínio Residencial das Oliveiras, em Osasco, Grande São Paulo. No total, 130 apartamentos foram desocupados. As unidades foram entregues em 2017.

A administradora do condomínio contratou uma empresa para fazer um laudo. O documento diz que a estrutura possui estabilidade e não apresenta riscos de colapso, entretanto, o engenheiro orienta que os problemas precisam ser tratados. A construtora que construiu o condomínio faliu.

"A falência da construtora complica tudo porque geralmente um prédio com dois anos de vida tem assistência técnica da construtora e a responsabilidade do engenheiro. Com a falência fica tudo muito difícil", disse o especialista em condomínio Márcio Rachkorsky.

O documento da Defesa Civil mostra que no dia 22 de outubro de 2019 os técnicos identificaram problemas na estrutura dos edifícios e registraram que os moradores estariam em risco se não fossem tomadas providências. O prazo para a desocupação terminava nesta quarta-feira (11) às 16h.

Para liberar o condomínio, os moradores terão que fazer os ajustes emergenciais exigidos pela Defesa Civil e um estudo do solo.

"A empresa que for contratada tem que entregar um laudo do ’habite-se’, [documento que atesta] que o imóvel está em condições para uso, aí os moradores retornam", disse o engenheiro civil e Diretor Técnico da Defesa Civil de Osasco, Renato Catineira.

A reportagem procurou a construtora Caruso, mas ninguém atendeu. A Caixa Econômica Federal (CEF), que financiou a obra, também não respondeu.