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O síndico CEO

A maioria dos especialistas com que tenho conversado vem defendendo, cada vez mais, que o condomínio deve ser gerido como uma empresa. E que esse gestor condominial para esse modelo deve ser como um CEO, sigla em inglês de Chief Executive Officer, termo herdado do mundo corporativo para definir o conceito de diretor executivo. Essa proposta define que o síndico deve agir de forma descentralizada, sobretudo nas questões operacionais, focando nas ações gerenciais e de coordenação e planejamento.

Esta postura descentralizadora emergiu da necessidade de administrar condomínios com configurações mais complexas, vindo ao encontro do surgimento do especialista no exercício da função de síndico, conhecido como síndico profissional. Contudo as habilidades e técnicas adotadas não são de exclusividade desses profissionais, estando ao alcance também dos síndicos orgânicos, onde o que irá determinar a atuação desse síndico orgânico como um CEO é o seu comprometimento e envolvimento com a função, aliada à complexidade do condomínio em que está atuando.

O voluntariado, tão comum nas décadas anteriores, que ajudou a edificar o estereótipo do síndico como conhecemos, vem perdendo força conforme vai se consolidando a preferência por um gestor que se prepara de forma continuada para exercer a função. Essa capacitação continuada é característica de uma função em amplo desenvolvimento, onde fica difícil definir ou até responder como será o síndico do futuro, sobretudo em uma época que temos a impressão que o futuro já está aí.

Pois bem, a desejada descentralização, característica do síndico CEO, não atinge o seu propósito caso a localidade em que o condomínio se encontre não contemple as soluções do setor. Para delegar com excelência é preciso ter com quem contar. É preciso uma oferta de qualidade de soluções funcionais, operacionais e tecnológicas. E as atribuições básicas da função de síndico não são o limite dessa oferta, bem pelo contrário, soluções que ultrapassam esse espectro possibilitam uma gestão além do esperado.

Outro benefício da descentralização da função está aliada à alta performance do síndico, onde o foco na delegação lhe permite configurar um time que lhe trará o melhor resultado possível para cada atividade delegada, caso haja a disponibilidade dessas peças e as escolhas sejam bem feitas. Situação comparada a compor o quadro de funcionários, como também a contratação de serviços de contabilidade, apoio administrativo e jurídico. Caso haja um resultado indesejado para aquela atribuição delegada é só o síndico promover a substituição do agente delegado.