Criminosos estariam clonando controle de garagens para entrar em prédios. Em 2016 foram três casos; em um deles foram levados mais de R$ 30 mil.


A Polícia Civil de Taubaté está investigando a atuação de quadrilhas especializadas em roubos de condomínios de alto padrão. Desde o início do ano, foram registrados três casos de roubo em prédios na região central. A suspeita é de que os criminosos façam a clonagem do controle dos portões para entrar nos locais.

O primeiro caso foi em janeiro quando casal de 72 anos foi feito refém durante uma hora enquanto os criminosos procuravam dinheiro pela casa. Em fevereiro o apartamento de um coreano de 67 anos foi assaltado. Os criminosos fugiram levando joias, dinheiro nacional e estrangeiro. O prejuízo foi de mais de R$ 30 mil reais.

Em outro caso, duas mulheres e um homem entraram em três apartamentos de outro prédio de alto padrão no centro da cidade. Eles saíram levando computadores, eletrodomésticos e dinheiro.

Nas imagens do circuito interno dos prédios cedida à polícia, é possível ver que os criminosos abrem o portão com facilidade e têm acesso aos apartamentos pelo estacionamento. Segundo a Delegacia de Investigações Gerais (DIG), a suspeita é de que os criminosos estejam clonando os aparelhos que permitem o acesso às garagens e estudem o comportamento das vítimas.

“Existem diversos tipos de tecnologia desse tipo. Programas que captam por ondas a identificação e fazem a clonagem dos aparelhos”, explica o delegado Seccional de Taubaté, José Antonio de Paiva.

A clonagem do controle é feita com a mesma tecnologia utilizada para clonar cartões de banco. O sinal é captado por meio de um equipamento durante a abertura ou fechamento do portão e depois programado em outro aparelho.

Além disso, a polícia ainda suspeita de que uma quadrilha de São Paulo participe da ação. Em um dos casos, o carro usado no crime tinha registro na capital. A polícia da cidade foi acionada e está ajudando na identificações de crimes com as mesmas características para chegar aos suspeitos.