Quando chegar a hora de receber o imóvel, verifique novamente o memorial para ver se o que estava lá antes da compra foi de fato cumprido pela empresa
Para começar uma “nova vida” em um novo lar, muitas vezes, entrar com o pé direito não é o suficiente. Há cuidados que os novos moradores de um condomínio precisam ter para construir boas relações e evitar dores de cabeça no futuro.
Os cuidados devem começar antes mesmo da compra. Nos quiosques de venda das construtoras é possível encontrar o memorial descritivo dos empreendimentos. Neles, tudo o que as construtoras oferecem é informado. Atenção também aos apartamentos decorados, pois alguns não são 100% iguais à realidade.
Quando chegar a hora de receber o imóvel, verifique novamente o memorial para ver se o que estava lá antes da compra foi de fato cumprido pela empresa. Há três etapas a seguir. Na primeira, após reler o memorial, se houver alguma divergência, recuse-se a receber o apartamento. Veja o manual do proprietário para saber onde se localizam as tubulações hidráulicas e elétricas.
Em segundo lugar, cheque os demais documentos como matrícula individual, habite-se e contas de luz, água e gás. Nas contas, mude o nome da construtora para o seu. Por último, chame um engenheiro, arquiteto ou um profissional que tenha capacidade técnica para realizar uma vistoria na estrutura do imóvel.
“Os clientes devem ter cuidado na hora de escolher um imóvel, pois muitas construtoras não informam corretamente como o apartamento ficará no final. Daí a importância de ver o memorial descritivo”, afirma Araújo Ataick, supervisor comercial da Muza Construtora.
Condomínios
Uma vez morando na nova casa, a primeira coisa a se fazer é tomar posse do regimento interno do condomínio. Geralmente, as construtoras realizam assembleias de instalação para eleger um responsável antes mesmo de entregar a obra. Caso ninguém se habilite, a empresa segue como “síndica” até uma nova assembleia geral.
Procure saber quem é o síndico e veja quais as principais regras para as áreas individuais e comuns. Na maioria dos casos, há horários para fazer reformas, buzinar, visitas, mudanças etc. Para evitar transtornos, consulte logo de cara o regulamento do prédio e o manual do síndico.
Ser recém-chegado em um condomínio requer “respeitar o regulamento, que diz as normas para horários, mudanças, reformas, e respeito ao espaço do vizinho e às áreas comuns”, orienta Lilian Alves, vice-presidente para condomínios do Sindicato da Habitação do Ceará (Secovi-CE).
Frida Popp, mora há pouco tempo em um condomínio de apartamentos e revela que quando se mudou sua atenção voltou-se para a estrutura do prédio. “Olhei a estrutura do apartamento como um todo, paredes, piso etc. Se tinha coisas quebradas... Fiz um inventário com o que encontrei e entreguei ao antigo dono, para que ele providenciasse os reparos”.
A estudante diz que há falta de comunicação entre síndico e condôminos onde ela mora. “Não existem reuniões periódicas, nos reunimos apenas quando há uma questão muito urgente”.
Já a universitária Aline Gadelha, 22, que morou a vida toda em condomínios, diz que “há uma diferença muito grande entre viver em casa e em prédio. Aqui (condomínio) a privacidade é menor e tem muitas regras”. Na opinião dela, é importante ter um contato logo no início com o síndico para conhecê-lo e ter noção das regras destinadas às áreas particulares e comuns.
FIQUE ATENTO!
ETAPAS DE VERIFICAÇÃO
Antes de comprar o imóvel: verificar o memorial descritivo e ver o que está sendo ofertado conferir se o decorado é realmente idêntico ao que será construído
Ao receber o imóvel: ver se o que estava no memorial descritivo foi cumprido
se houver divergência no memorial, recusar-se a receber o AP ou casa
conferir matrícula individual, Habite-se e contas de luz, água e gás
solicitar vistoria técnica de um engenheiro ou arquiteto para checar as instalações físicas
Ao se mudar para o condomínio: descobrir quem é o síndico, se um profissional ou ainda a própria construtora tomar posse do regimento interno conhecer as principais regras de convivência