Boa convivência

É tempo de arraiá no condomínio

Organizar festas em condomínios é algo que normalmente leva tempo, precisando de assembleias onde são tomadas as decisões em relação às comemorações, ou, em alguns casos, existem equipes que são responsáveis por preparar esse tipo de evento. Com o São João não é diferente: é preciso pensar tudo com antecedência, como a comida, as bandas, a decoração, atrações para as crianças e também os custos.

No Condomínio Bosque Imperial, em Pau da Lima, existe uma equipe que sempre organiza as festas do local. Bartira Nogueira é quem está à frente do Empório da Bart e conta que este ano será a primeira vez que fazem uma festa junina – prevista para hoje –, mas que já fizeram no Carnaval e Réveillon, por exemplo, que contaram com mais de 150 pessoas. Para a comemoração, estão sendo vendidas camisas para os moradores, cada uma custando R$ 35.

"Para a comida, nós teremos uma praça de alimentação ao lado da área da festa, onde os próprios moradores estarão vendendo dentro das barraquinhas, enquanto nós forneceremos licor e amendoim", explica Bartira. "Além disso, teremos uma banda ao vivo, uma quadrilha convidada para se apresentar aqui e uma animadora e pula-pula para as crianças", acrescenta.

Bartira reforça que as festas são pensadas para os moradores que não costumam sair do condomínio durante as épocas comemorativas, como idosos e famílias com crianças pequenas que, muitas vezes, preferem não fazer longas viagens com os filhos. Os custos para a produção da festa dependem do número de camisas vendidas, a partir disso que são definidas as atrações que serão contratadas.

Para todas as idades

Um pouco mais ao norte de Salvador, Lívia Caciquinho é administradora do Clube do Condomínio Alphaville Litoral Norte I, em Camaçari, e é uma das responsáveis pela organização das festas juninas que acontecem por lá, sendo uma exclusiva para as crianças, a ser realizada amanhã, dia 16, e uma para os adultos, batizada de "Festa Julina", que acontecerá somente no dia 20 de julho. As decisões são tomadas por um comitê formado pelo diretor-presidente, a diretora social, a diretoria de esportes e a administração do clube.

Para participar da festa infantil, deve-se doar um quilo de alimento não perecível por pessoa. Os donativos serão doados para instituições próximas do condomínio. Já a festa que em julho custará R$ 60 por pessoa, enquanto crianças entre 9 e 12 anos pagam R$ 30 e crianças abaixo de 8 anos terão acesso gratuito.

LEI DO SILÊNCIO

Para realizar festas, em geral, os condomínios precisam também estar atentos aos direitos dos condôminos que não
gostam de eventos e preferem ficar em casa sem ser incomodados por barulho. A lei municipal prevê som alto até, no máximo, as 22h

"Porém nem todas as festas que fazemos são pagas. Em diversas ocasiões, pedimos doações – como no Dia das Mães e no Natal – de alimentos, roupas, brinquedos, dependendo das maiores necessidades que as instituições a que nós já costumamos fazer essas doações têm", explica Lívia. Todas as atrações das festas serão contratadas de fora, com o dinheiro arrecadado com a venda dos ingressos.

Lívia conta que festas grandes, como São João, Carnaval e Réveillon, costumam ter participação de mais de 500 pessoas. Em outras edições, já contaram com participação de bandas como Filhos de Jorge e Estakazero. Este ano, a festa será comandada pela dupla Tio Barnabé e a banda Colher de Pau. Já a festa infantil terá diversas opções para a criançada, como touro mecânico, maquiagem facial, animadora, trio nordestino e lembrancinhas para os pequenos.

Normas de convivência

Quanto aos moradores que não viajam e, mesmo assim, escolhem não ir às festas, é preciso tomar alguns cuidados para não incomodá-los, seja com barulho ou movimentação indevida em locais fora da festa. Quanto a isso, Bartira conta que "sempre tem pessoas que reclamam, mas nós não colocamos som alto e fazemos a festa no estacionamento dos fundos, que tem bastante espaço, não sendo necessário utilizar a área social do condomínio". Além disso, ela conta que as festas costumam acontecer durante o dia, indo até as 22h, respeitando as especificações da lei do silêncio de Salvador.

Já Lívia conta que, por conta de o condomínio ser bastante grande, com mais de 600 lotes, normalmente este tipo de problema não acontece. "Tem o fato também de a festa acontecer dentro da área do clube, que fica um pouco mais afastada das residências, e, geralmente, a maioria dos moradores participa". Os horários das festas também dependem do evento, a das crianças é durante o dia, já as outras costumam acontecer à noite, como a do último Dia dos Namorados, iniciada às 20h.