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Três já foram presos, mas a investigação ainda quer localizar outros cinco integrantes que estão foragidos. Eles atuaram em São Paulo, Bahia, Paraná; além de cidades do litoral e interior paulista

 

A polícia procura cinco integrantes de uma quadrilha que aluga apartamentos em condomínios para depois fazer um arrastão na vizinhança do prédio. Outros três criminosos já foram presos e denunciados pelo Ministério Público.

Os presos vão responder pelos crimes de organização criminosa, furto triplamente qualificado, porte ilegal de armas e estelionato.

Segundo a polícia, a quadrilha aluga apartamentos por até um ano. Nos ataques, eles usam luvas cirúrgicas, bonés e perucas para dificultar a identificação.

No bairro da Aclimação, os ladrões moraram num prédio por 15 dias. Foi o tempo que precisaram para estudar os hábitos dos moradores, escolher os apartamentos e fazer um arrastão, na véspera do Ano Novo.Eles levaram mais de R$ 200 mil entre dinheiro, eletrodomésticos, armas e joias. Também roubaram um carro de luxo e ninguém percebeu nada.

O grupo falsifica documentos como extratos bancários, comprovantes de endereço e declarações de imposto de renda. E dá até garantias de pagamento. Segundo a investigação, um homem depositou R$ 10 mil da caução para alugar um apartamento no Centro de São Paulo.

Quem falsifica os documentos, segundo o Ministério Público, é uma mulher que os investigadores ainda não sabem o nome verdadeiro. Ela usa vários RGs: na Bahia ela é Justina, n Paraná, se apresenta como Cynira. Em uma foto ela aparece em um cartório, autenticando documentos para alugar um imóvel.

“A falsidade é muito bem feita, ao ponto de ter sido obtida reconhecimento de firma nos documentos apresentados no próprio tabelionato”, disse o promotor Nathan Glina.

Segundo o Cybergaeco, grupo de promotores que apura crimes eletrônicos, o mesmo bando fez arrastões da mesma maneira em Pirituba, na Zona Norte, em Praia Grande, no Litoral, e nas cidades de Guararema e São José dos Campos, no Vale do Paraíba. Quem tiver informações sobre os integrantes da quadrilha pode mandar e-mail para os promotores: cybergaeco@mpsp.mp.br

“Eles escolheram justamente vésperas de feriados, monitoraram os apartamentos para fazer o crime com o menor risco possível deles serem pegos ou ter confronto. Especialmente prédios com pessoas idosos ou aqueles que eles já sabiam que não tinha gente morando naquele momento”, disse o promotor.