Pagamento do condomínio

Inadimplência no pagamento de condomínio cai 36% e é a menor em 4 anos na cidade de SP

A inadimplência no pagamento de cotas de condomínio na cidade de São Paulo caiu 36% neste ano em relação a 2017 e atingiu o menor índice dos últimos quatro anos.

É o que aponta levantamento da Lello, maior administradora de condomínios do Brasil, feito com base em informações de 2,5 mil edifícios em diferentes regiões da capital paulista.


Segundo o estudo, entre janeiro e novembro deste ano o índice médio de boletos em atraso após 60 dias da data do vencimento foi de 2,77%, contra 4,34% no mesmo período de 2017.

Em 2015 o índice médio de inadimplência no pagamento do condomínio entre janeiro e novembro foi de 5,22% - 88,4% maior do que o deste ano. Em 2016, no mesmo período, a taxa foi de 4,11%, conforme os dados da Lello.

Segundo Angelica Arbex, gerente de Relacionamento com o Cliente da Lello Condomínios e especialista em gestão condominial, a queda na inadimplência é reflexo direto da recuperação econômica e da redução do desemprego.

"Quando o orçamento aperta, uma das primeiras despesas que as pessoas deixam de pagar é a cota de condomínio, porque a multa por atraso é baixa, de apenas 2%, em relação a outros gastos, como a fatura do cartão de crédito, por exemplo", afirma Angelica.

Ela destaca que a diminuição da inadimplência nos condomínios também tem relação com o novo Código de Processo Civil, de 2016, que tornou mais ágil o rito de cobrança, eliminando a fase de instrução e permitindo a penhora dos bens dos devedores.

"Para a boa saúde financeira dos condomínios, o índice de inadimplência deve ser inferior a 3%. Uma inadimplência alta compromete o fluxo de caixa e desvaloriza o condomínio", conclui a gerente da Lello.

Impontualidade

Ainda conforme o levantamento da Lello, o índice médio de cotas de condomínio não pagas na data do vencimento entre janeiro e novembro deste ano foi de 9,24% do total de boletos emitidos, contra 9,97% em 2017, 9,57% em 2016 e 9,25% no ano anterior.