Prédio foi evacuado após moradores sentirem forte tremor e rachaduras serem vistas nas colunas de sustentação
Uma semana após o abalo em uma das colunas causar um forte tremor em um prédio em Praia Grande, no litoral de São Paulo, e o edifício precisar ser evacuado, os moradores permanecem sem poder voltar para casa. Nesta quinta-feira (1º), uma empresa começará os trabalhos para elaboração do laudo pericial.
Na última quinta-feira (22), o prédio precisou ser evacuado após um forte tremor. Várias rachaduras foram vistas nas colunas que sustentam a estrutura, localizadas na garagem do subsolo. O local precisou ser evacuado e interditado pela Defesa Civil do município. Cerca de 40 pessoas estavam no edifício no momento do tremor, mas ninguém ficou ferido. No dia posterior ao tremor, cerca de 200 estruturas metálicas foram instaladas para garantir a sustentação do prédio.
Uma semana após a evacuação do prédio, os moradores continuam sem poder voltar para casa. De acordo com a Defesa Civil, a responsável pelo prédio precisa apresentar para a Secretaria de Urbanismo do municícpio um laudo pericial para que seja avaliado o retorno das famílias aos seus apartamentos. Enquanto isso, muitos se abrigam em casas de parentes ou alugam apartamentos temporários.
Segundo a síndica do prédio, Mariza Baldes, uma empresa de São Paulo foi contratada para fazer o laudo pericial da construção e os trabalhos devem começar nesta quinta-feira. A previsão é que o documento fique pronto em 15 dias. De acordo com o laudo, a Prefeitura poderá liberar ou não o prédio. Se o local continuar interditado, as famílias deverão aguardar a finalização das obras para o retorno.
Tremor
O problema aconteceu por volta das 22h de quarta-feira (21), no Residencial Talismã I, localizado na Rua Brigadeiro Faria Lima, no bairro Canto do Forte, e assustou vizinhos das construções ao lado. Segundo Mariza Blades, síndica do prédio, os moradores entraram em pânico.
“Ouvimos um estrondo e o prédio se mexeu. Parecia um terremoto. Foi uma balançada que chegou a quebrar lâmpadas em alguns apartamentos. Chamamos a Defesa Civil que, quando chegou, pediu para evacuar o prédio imediatamente, pois não sabíamos as consequências do problema. Até a rua foi interditada”, afirma.
De acordo com a síndica, o problema se agravou desde o início da construção de um edifício de grande porte no terreno ao lado. Com cerca de 30 pavimentos, teria sido ele, segundo ela, o responsável para que o prédio, de 12 anos, ficasse repleto de rachaduras.
“O dono da construtora ficou de fazer os reparos. Nós temos uma carta dele afirmando que ia consertar tudo, mas ele é ausente. Não quer saber do problema. Nenhum dos representantes se ’mexeu’ e um deles, inclusive, disse que o problema é nosso. Negligência total”, finaliza.