Yulli Carla Macedo foi presa na manhã desta quarta-feira (4); outras 41 pessoas também foram detidas
A Polícia Civil prendeu Yulli Carla Macedo, nesta quarta-feira (4), acusada de chefiar o tráfico em bairros de Cuiabá. Segundo a polícia, ela ostentava uma vida de luxo em Cuiabá.
De acordo com o delegado Frederico Murta, da Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE), ela mora no Alphaville I, um dos condomínios mais luxuosos da Capital, no Jardim Itália.
Ela também é dona de várias residências e apartamentos na Capital, tudo adquirido com dinheiro do tráfico, segundo o delegado.
Murta contou que Yulli Macedo assumiu a chefia do tráfico de drogas nos bairros Pedregal, Renascer e Jardim Leblon logo após a morte do marido traficante, Enatel dos Santos Albernaz, conhecido como "Maninho".
“De acordo com o que foi apurado, ela tomou frente do negócio como gerente. Ela injetava o dinheiro para a compra da droga, tinha voz de comando sobre os demais, dava o aval se podia ou não ser feita a negociação. Ela era muito cautelosa, nunca tocava na droga, agia como os grandes traficantes”, ressaltou o delegado ao afirmar que a investigação começou há seis meses.
Além de Yulli, outras 53 pessoas foram presas por participação na quadrilha. Entre eles, um técnico socioeducativo lotado no Centro de Ressocialização do Complexo do Pomeri. Também foram apreendidos seis carros, R$ 6,6 mil em dinheiro, um revólver calibre 38, 40 munições e 15 quilos de maconha.
Os policiais ainda encontraram nove porções de cocaína, 65 de maconha, 34 de pasta-base, duas de crack e um rádio HT.
Conforme Murta, a quadrilha comprava a droga na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai.
De lá, eles traziam os entorpecentes em veículos de carga para Cuiabá e distribuíam para pelos menos 50 bocas de fumo na região do Pedregal. Os locais também foram alvos de prisões e apreensões nesta manhã.
O delegado afirmou que com a prisão e apreensão de hoje, haverá novos desdobramentos para verificar se a quadrilha vendia a droga em outros Estados, por exemplo.
“Existe uma série de ramificação nas quais esses criminosos estão envolvidos e que será investigado. Nosso trabalho, por ora, foi focado na fonte de abastecimento de comércio de boca de fumo naquela região e conseguimos comprovar durante a investigação que eles eram os responsáveis por trazer grande parte desse material para Cuiabá”, pontuou.