As regras de entrada e saída estão mais rigorosas, e investimentos altos em equipamentos de segurança têm sido feitos. Em um dos condomínios, o furto de bicicletas acabou.
A insegurança mudou a rotina de quem mora em condomínios na Grande Vitória. As regras de entrada e saída estão mais rigorosas, e investimentos altos em equipamentos de segurança têm sido feitos.
O síndico de um condomínio em Jardim Camburi, em Vitória, com mais de 500 apartamentos, contou que o interfone nunca ficou de lado, mas outros recursos aumentaram a segurança.
"Temos a catraca com senha, que você digita o número que você tem codificado, aperta ok e a catraca libera. Na biometria, você coloca o dedo e vai identificar a sua digital conforme você foi cadastrado. Você também pode passar um cartão ou ser liberado direto pelo porteiro", Falou o síndico Leonardo Ferreira Tomé.
A catraca foi o investimento mais recente do condomínio, que além de tudo isso ainda tem cerca elétrica, sensores, dispositivo eletrônico na garagem e sistema de videomonitoramento. Só assim para acabarem os furtos de bicicletas.
"O problema realmente acabou depois que nós fizemos todos esses procedimentos de segurança, e podamos algumas árvores com a autorização da prefeitura, porque os bandidos se apoiavam nas árvores para poder entrar", falou o síndico.
Os investimentos em segurança fizeram a taxa de condomínio ficar 10% mais cara, mas ninguém reclamou. "É necessário porque a gente vê jornal e vê que apesar disso tudo as coisas ainda acontecem", falou a professora aposentada Kátia da Penha Marques.
Pelos casos já mostrados em reportagens da TV Gazeta, acontecem mesmo. São criminosos que não se importam com as câmeras de videomonitoramento na hora de furtarem bicicletas e outros materiais.
Para o vice-presidente do Sindicato Patronal dos Condomínios do Espírito Santo, Gedaias Freire, ainda assim as câmeras são muito importantes.
"O sistema de câmeras tanto previne quanto ajuda na apuração dos crimes. O bom é que não aconteça, que se adote todas as providências de segurança. É bom também lembrar que não basta o prédio investir em monitoramento, mas que os condôminos também tenham consciência e respeitem as normas de segurança", disse.
Um condomínio no Centro de Vitória também investiu pesado em tecnologias de segurança há quatro meses. São vinte e nove câmeras com imagens nítidas e coloridas de dentro e fora do prédio. Os equipamentos aproximam a imagem e as cenas ficam gravadas por seis meses, o que facilita muito a investigação policial caso aconteça algum crime.
"Tem que vigiar todas as câmeras ao mesmo tempo, identificar todos que entram, saber quem tá chegando. Tem que ficar muito atento mesmo", contou a porteira Olinda Pereira.
O síndico Vilmar de Oliveira explicou os gastos. "Ao longo de quatro meses, fizemos um investimento em torno de R$ 10 mil e R$ 12 mil nos equipamentos e temos também a manutenção mensal, que tem um custo de R$ 750 rateado entre os moradores. Você faz os investimentos, mas se não tiver colaboração dos moradores, não adianta nada", disse.
Estabelecer regras para moradores é, inclusive, uma orientação da Polícia Militar. São 40 regras do projeto Dicas de Segurança para condomínios. "Numa rua em que tenham vários condomínio, os porteiros podem formar uma rede de comunicação", disse o tenente coronel Souza Reis.
"Se o prédio não tiver porteiro, o morador já deve se aproximar do portão com a chave em mãos, não ficar abrindo bolsa na frente da portaria.
É importante também não ficar parado, conversando na frente de portaria, esperando alguém. Se for o caso, fique do lado de dentro. É importante também que os porteiros, condôminos, síndicos mantenham um contato com a Polícia Militar, para facilitar o trabalho e evitar a presença de estranhos", continuou o tenente coronel.
A Polícia Militar informou que vai até os condomínios para explicar a cartilha com as 40 regras de segurança, e para isso basta que o síndico entre em contato com a companhia de polícia mais próxima.