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Aumenta consumo de gás canalizado em condomínios

Em Florianópolis, a rede de distribuição atende apenas à área central da cidade, mas consumidores aprovam o sistema.

Inicialmente restrito a consumidores industriais, o uso de gás natural canalizado ganha cada vez mais adesões entre os empreendimentos residenciais. Dados da SC Gás, empresa responsável pela distribuição do produto em Santa Catarina, revelam que já há 271 condomínios utilizando gás natural no Estado, o que soma mais de 10,5 mil unidades habitacionais, concentradas principalmente nas cidades de Criciúma e Florianópolis.

Empreendimentos localizados em Palhoça também se destacam: os oito condomínios que hoje são clientes da empresa no município totalizam 755 unidades.

A decisão de trocar o gás liquefeito de petróleo (GLP), mais conhecido como gás de cozinha, pelo gás natural encanado está baseada, principalmente, em três motivos: redução de custos, segurança e conforto.

“Não há mais a necessidade de chamar o distribuidor para fazer o abastecimento, nem de deixar uma pessoa encarregada para atendê-los”, afirma o síndico Mauro Cezar Colling, do Plaza Viena, condomínio com 154 apartamentos localizado na Rua Felipe Schmidt, região central de Florianópolis. Também acabaram os transtornos provocados no trânsito pelo caminhão responsável por fazer a recarga. “Estamos muito satisfeitos. Eu recomendo”, garante Mauro, que aproveitou o espaço anteriormente destinado ao armazenamento de botijões de gás para ampliar o jardim do condomínio.

Mas se engana quem acha que o uso de gás é algo muito recente ou restrito a novos empreendimentos. No caso do Plaza Viana, a troca ocorreu há mais de seis anos. “Na época, a SC Gás bancou todo o investimento necessário à conversão do sistema”, conta Mauro. Situação parecida com a do Condomínio Portinari, um conjunto de três blocos construído em 1976, com 84 unidades, na Rua Esteves Júnior, em Florianópolis. De acordo com o síndico Materson Martins Daniel, a conversão aconteceu em 2010 e não houve qualquer dispêndio por parte do condomínio.

“Aproveitamos aquela ‘janela’ aberta pela SC Gás e nunca nos arrependemos”, recorda-se o então síndico José Vicente Rescigno.

Hoje, essa facilidade já não existe. Conforme a SC Gás, o condomínio deve – após ser constatada a viabilidade da interligação – providenciar uma empresa para fazer as adaptações em sua rede interna de gás e nos equipamentos dos usuários. Somente após isso o pedido de ligação é emitido e a obra, agendada.

O síndico Masterson acredita que, mesmo com esse custo adicional, o investimento acaba se pagando ao longo do tempo. “O valor cobrado pelo metro cúbico é bastante competitivo e há ganhos importantes na parte operacional e no quesito segurança”, ressalta, destacando que em caso de vazamento o gás, por ser mais leve que o ar, se dissipa facilmente.

Condomínios novos

Para condomínios que estão em obras, o processo de adoção do gás canalizado é bem mais rápido e começa com um pedido, ao 0800 da SC Gás, para análise da viabilidade de interligação. “Como o edifício vai ser inaugurado já utilizando o gás natural, a contratação é bastante simplificada, por não ser necessário fazer a conversão dos equipamentos dos apartamentos, como fogões e aquecedores”, informa a empresa.

O gerente de Mercado Urbano e Veicular da SC Gás, André Zapelini, enumera o que considera as grandes vantagens do gás natural se comparado ao GLP: “Ele é econômico, mais seguro e oferece mais conforto e comodidade, pois é distribuído de forma canalizada, sem a necessidade de armazenamento em botijões”.

No ano passado, os condomínios consumiram uma média mensal de 109.000 m3/mês de gás. Para este ano, a SC Gás projeta um crescimento de 20% nesse consumo por conta da ampliação do número de clientes residenciais.

Unidades residenciais por cidade Total
Criciúma 6.074
Florianópolis 1.730
Tubarão 980
Palhoça 755
Itajaí 862
Joinville 191
TOTAL 10.592