Incidente ocorreu em condomínio da Zona Centro-Sul de Manaus.

Um estrondo seguido por um tremor e desabamento de um muro do Residencial Mundi - situado na Zona Centro-Sul de Manausfez o comerciante Almir Jesini Filho, de 45 anos, acreditar que presenciava um terremoto. Ele e mais 11 amigos participavam de uma confraternização no condomínio quando foram surpreendidos por uma onda de esgoto, que ocorreu após o rompimento de um reservatório da estação de tratamento da Escola Adalberto Valle. "Tivemos muita sorte, alguém poderia ter morrido", disse ao G1.

Almir era um dos convidados do evento. Ele e outros colegas dos tempos de escola marcaram um churrasco na área de lazer condomínio para reencontrar a turma. Pouco tempo depois do início da reunião, o susto. "Teve um barulho muito alto e de repente aconteceu aquilo. O muro caiu em cima da gente, depois veio aquela lama preta com dejetos fecais. Foi em fração de segundos. Foi um susto muito grande", relembrou.

Uma câmera de segurança do condomínio registrou o momento do incidente. Nas imagens, Almir aparece sentado em uma cadeira próximo ao muro, conversando com os demais presentes. Com o estrondo, eles tentam sair da área de lazer, momento em que alguns deles acabaram se ferindo.

"A passagem para gente sair de lá era muito estreita e, na hora estava todo mundo querendo passar de uma vez. Todo mundo se feriu, uns mais outros menos. Minha perna está com alguns ferimentos e estou tomando anti-inflamatório", disse ele que contou ainda ter perdido o celular e a chave do carro para a água.

Ao G1, Almir contou que encara o ocorrido como um "livramento".

"No video dá pra ver que o muro bate nas duas vigas e volta pra trás. Se não fosse por essa estrutura o muro tinha caído em cima da gente e alguém tinha morrido. Na hora que você escuta aquele barulho e vê tudo acontecendo, passa várias coisas na cabeça. Eu achei que fosse um terremoto, tremeu tudo. O maior prejuízo que fica é pro emocional", completou.

O contador Antônio Reis, de 45 anos, também estava no reencontro. O ocorrido deixou o grupo assustado, segundo conta. "Estávamos conversando e escutamos um barulho de explosão primeiro. O muro começou a rachar e começamos a correr. Só depois vimos o tamanho do estrago e o cheiro ficou muito forte. Depois fomos tomar banho para tirar aquele excesso de sujeira. Foi um susto", contou.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado para socorrer os feridos. O grupo registrou um Boletim de Ocorrência e fez exame de corpo e delito após o incidente. A escola informou que irá se responsabilizar pelos danos e iniciará a reforma do local após perícia.