Em São José dos Campos, condomínio contratou escritório para cobrança. Depois da ação, o índice de inadimplência caiu de 20% para menos de 5%.

Por causa da crise, muitos moradores deixaram de pagar a taxa do condomínio. Em São José dos Campos, quem administra os imóveis está negociando com os devedores pra tentar reduzir a inadimplência.

Um condomínio da cidade contratou um escritório especializado nesse tipo de cobrança. Quando passa um mês de atraso o escritório entra em ação e, de uma forma menos radical e mais discreta, não larga do pé de quem tá devendo. Depois da ação, o índice de inadimplência caiu de 20% para menos de 5%.

“Não dá pra você sair processando todo mundo se não sabe o problema de cada um. Sempre estamos tentando fazer acordo”, disse o sindico Antônio Guimarães.

Ele assumiu o condomínio há dois anos junto com o desafio de deixar o prédio e todas as áreas de lazer em perfeitas condições de uso. Pra isso todos os moradores têm que pagar a taxa de condomínio, na média de R$ 600 por mês. No entanto, muitos moradores estão inadimplentes.

Para uma empresa de administração de condomínios em São José dos Campos a maior dificuldade é que as pessoas não têm medo de deixar de pagar a taxa.


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“Chegou um momento em que se torna inviável a pessoa pagar imóvel e o apartamento acaba sendo leiloado para a dívida ser paga. Então, tem que evitar para não ter uma conta que não dá para pagar. É preciso fazer a conciliação e conscientização de cumprir seus deveres para que atinja a meta de pagamento”, disse o administrador Bruno Pozatti.

O problema é que o atraso de uns acaba afetando a vida de todos os que pagam em dia e o rombo nas contas dos prédios pode estar crescendo de forma perigosa. O Conselho Regional de Corretores de Imóveis explica que se dificuldade em pagar financiamentos já está grande imagine a taxa de condomínio.

“Certamente a pessoa que está com inadimplência e financiamento, ela paga financiamento e o condomínio fica em segundo plano. Não tem dados concretos, mas tem inadimplência”, afirmou Marina Bandeira, diretora regional do Creci.