O engenheiro Marcos de Carvalho Abrantes, de 72 anos, esteve nesta terça-feira (5), na 12ª DP, para falar sobre o caso

A polícia ouviu nesta terça-feira (5) o síndico do prédio onde o ator Victor Meyniel foi agredido pelo estudante de medicina Yuri de Moura Alexandre no último sábado.

O engenheiro Marcos de Carvalho Abrantes, de 72 anos, esteve na 12ª DP, em Copacabana, para falar sobre o caso e o socorro prestado a Meyniel.

Ele contou que atua na função há 30 anos no prédio, que não conhecia Yuri antes da agressão, mas que também nunca soube que ele tivesse dado problema.

Marcos de Carvalho Abrantes disse que foi informado pelo porteiro Gilmar José Agostini que estava tendo uma briga na portaria, que este desceu para averiguar, mas só encontrou o ator Victor Meyniel caído.

Síndico defendeu o porteiro

Disse também que chamou a polícia, acompanhou a chegada e a ida dos policiais ao apartamento de Yuri, assim como o momento em que os agentes o encontraram voltando da academia.

O síndico disse não poder dar mais informações porque não presenciou a briga, mas defendeu o porteiro Gilmar Agostini da acusação de omissão de socorro.

“Que descreve o porteiro como uma pessoa simplória, que tem medo das coisas, que é diabético e cuida do irmão que está internado, por isso o declarante acredita que o porteiro não interviu”, diz o trecho do depoimento.
Omissão de socorro
O porteiro do prédio onde o ator Victor Meyniel foi espancado, em Copacabana, no sábado (2), foi autuado por omissão de socorro.

Imagens do crime (relembre acima) mostram o funcionário Gilmar José Agostini sentado e tomando um copo de café enquanto Yuri de Moura Alexandre dava uma sequência de socos em Meyniel — Yuri foi preso em flagrante pouco depois da agressão.

A delegada Débora Rodrigues, titular da 12ª DP (Copacabana), afirmou que Gilmar não a tratou bem.

“Ele viu tudo e não fez nada. Ele não precisava se meter na briga, claro, pela integridade física dele, mas ele tinha o dever de pedir socorro”, destacou.

“Ele disse que depois interfonou para o síndico, como se o síndico fosse alguma autoridade capaz de fazer alguma coisa naquele momento. Ele deveria ter saído, sim, e pedido ajuda para qualquer pessoa — a polícia, um transeunte, ou ligado para o 192. Mas ele não poderia ficar tomando café, assistindo à pessoa apanhar daquele jeito.”