Segurança e condomínios

Condomínios investem em segurança e elevam faturamento do setor em 2022

Apostar todas as fichas numa guarita com vigia como meios de garantir a segurança condominial há algum tempo passou a ser um erro estratégico. Não por uma eventual falta de preparo ou ineficiência do funcionário, mas pelos próprios avanços do mercado. As tentativas de pessoas mal intencionadas de acessar residenciais com acesso restrito exigem uma cobertura protetiva mais avançada, que muitas vezes remetem até a filmes de ficção científica.

Atualmente, já existem sistemas de acesso que utilizam câmeras de segurança dotadas de inteligência artificial, que liberam a portaria somente diante do reconhecimento facial ou da biometria. O mercado também popularizou porteiros eletrônicos, que oferecem vigilância remota 24 horas por dia, bem como portarias com dois ou mais níveis de acesso. Hoje existem até mesmo operações de segurança realizadas por drones programados para fazer a ronda e monitorar o entorno do local e identificar possíveis ameaças.

“Esses sistemas são algumas das inovações do setor de segurança condominial, que vem crescendo quase na mesma proporção em que novas tentativas de burlar a proteção vão crescendo nas grandes cidades”, explica Daniel Nahas, MBA em gestão empresarial, especialista em administração de condomínio e CEO da Administradora CASA, empresa especializada em administração de condomínios na região metropolitana de Belo Horizonte

De fato, os índices da violência são cada vez maiores nessas localidades. De acordo com o Sindicato dos Condomínios do Estado de São Paulo (Sindicond), o número de furtos e roubos a condomínios no estado aumentou 11,09% no 1º semestre de 2022 em relação ao mesmo período do ano anterior – isso significa um salto de 2.245 casos para 2.494.

Não por acaso, o setor de segurança eletrônica teve um crescimento de 18% no faturamento no ano passado, superando a marca de R$ 11 bilhões em investimentos em segurança dos condomínios, conforme indica a Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (Abese). Para o CEO da AdmCasa, alocar recursos na segurança é uma medida cada vez mais necessária dentro dos condomínios, mas deve ser feito de maneira adequada.

“Nem sempre o morador entende por que um sistema de segurança pode ser melhor do que o outro na localidade dele. Isso passa por muitos estudos de investimentos que consistem também em identificar quais as melhores estratégias para proteger uma determinada área residencial ou comercial”, esclarece o administrador. “Não basta fechar os olhos e pensar em qual sistema pode ser mais eficiente. É importante dispor de uma gestão inteligente, que entenda do assunto e saiba apresentar a melhor solução para a segurança dos condôminos”, salienta.