A vítima, de 30 anos, foi atingida por quatro tiros no bairro Jaqueline; o síndico, de 43, aguardou a chegada da polícia e entregou duas armas registradas

Por conta de ciúmes da mulher com o síndico do prédio onde vivia, no bairro Jaqueline, na região Norte de Belo Horizonte, um homem de 30 anos acabou morto, na noite desta quinta-feira (29), após ameaçar o responsável pelo condomínio com uma arma e acabar sendo baleado quatro vezes. O síndico, de 43 anos, esperou a chegada da polícia e entregou suas duas armas, ambas legalmente registradas.

O crime aconteceu por volta das 20h no condomínio residencial Hércules, na área comum e na presença de dezenas de pessoas. De acordo com o sargento Renato Valadares, da 13ª Companhia do 13º Batalhão da Polícia Militar (PM), a vítima teria se exaltado dizendo que o síndico estaria "mexendo" com sua mulher.

Por conta disso, ele teria ameaçado de morte o responsável pelo prédio uma vez, verbalmente, e, em seguida, retornou com uma arma na cintura. Neste momento, o síndico teria ido até seu apartamento e buscado sua arma, voltando para a área comum para eles conversarem.

"Foi então que o marido da muler mencionou que iria tirar a arma da cintura e ele efetuou seis disparos de arma de fogo. Quatro deles pegaram na vítima. Isso aconteceu na área comum do prédio, tendo inclusive testemunhas, o subsíndico e uma moradora, que presenciaram todos os fatos e confirmaram a versão do autor", detalhou o militar.

Além disso, a mulher do homem morto também confirmou que ele tinha um revólver e que o teria buscado dentro do forno do fogão instantes antes de ser baleado.

"Ela achou que quem atirou foi marido dela, mas depois foi avisada de que tinha sido ele o baleado. O síndico não tinha passagem policial, enquanto a vítima já foi presa algumas vezes", completou o sargento Valadares.

Armas foram apreendidas

Após o crime, o síndico do prédio aguardou a chegada da polícia, colaborando com os militars e apresentando espontaneamente a arma usada no crime, um revólver calibre .357, e, ainda, uma pistola 9 mm que estava guardada em seu apartamento. As duas armas tinham registro, mas foram apreendidas.

"Por outro lado, a arma que estava com a vítima não foi encontrada. Ninguém sabe se ele deixou em algum lugar, antes de ser baleado, ou se alguém pegou", finalizou o policial.

A perícia da Polícia Civil e investigadores da Delegacia de Homicídios estiveram no local e fizeram os levantamentos iniciais do caso.