Agendamento de horário para uso dos espaços comuns e até oferecer serviço de compra de remédios para quem testou positivo para a doença estão entre as medidas adotadas

As restrições de isolamento social refletiram também dentro dos condomínios, que tentam fazer com que as regras sejam respeitadas. Em alguns dos residenciais há medidas especiais até quando algum morador testa positivo para o novo coronavírus.

Um condomínio no Parque Monte Líbano, em Mogi das Cruzes, tem três prédios e quase 400 moradores. Para manter a segurança de todos e evitar a contaminação pelo novo coronavírus, são adotados vários protocolos. Quando um morador testa positivo, os colaboradores do prédio são avisados para que a pessoa consiga ficar isolada dentro do apartamento. A higienização das áreas comuns é intensificada.

O síndico Paulo Siqueira disse que os colaboradores foram orientados. “Se a pessoa precisa de algum remédio ou alguma coisa em que mantenha o distanciamento, a gente fez e continua fazendo. Felizmente, nós fizemos isso para todas as pessoas que nos comunicaram e não tivemos nenhum caso de óbito”, explicou.

Nos elevadores é obrigatório o uso de máscaras e há controle do número de passageiros. Também foram colocadas capas nos botões para facilitar a higienização. Já as áreas de lazer são liberadas com restrição de frequentadores e seguindo as recomendações das fases de controle da pandemia.

“Nós liberamos quatro pessoas no máximo, para que fiquem três na academia e uma na musculação. Para cada uma das piscinas, nós liberamos três famílias”, detalhou o síndico.

Os procedimentos são orientados pela administradora do condomínio, que trabalha com cerca de 60 unidades só em Mogi. A gerente Carolina Fernandez explica que os cuidados são adaptados de acordo com a estrutura do local e o número de moradores.

“Quando é um condomínio muito grande, a gente intensifica os cuidados seguindo as recomendações que nós recebemos da própria Vigilância Sanitária. Em um condomínio com maior circulação, mais torres, a limpeza é feita muito mais vezes ao dia. Inclusive nós fazemos o uso de produtos hospitalares, não apenas o álcool em gel. Nas áreas comuns, nós fizemos o bloqueio, porque às vezes o espaço é pequeno e não tem a circulação de ar. Então algumas áreas estão bloqueadas para o uso, porque a capacidade não comporta o revezamento ou o contingente de todo o público, ou a utilização é feita por meio de reservas”, conta.

Cada condomínio segue um protocolo para tentar evitar a contaminação nas áreas comuns. Mas, apesar dos cuidados coletivos, cada morador também sabe que precisa fazer sua parte e deve cobrar dos responsáveis quando as medidas não estão sendo adotadas de forma correta.

A professora de inglês Virgínia Piccolomini Aires diz que fala com o síndico quando os procedimentos não estão corretos. “Tem uma pessoa ou outra não seguindo as orientações necessárias. Eu atribuo essa missão a ele. Na sequência ele conversa com o morador para que adote as medidas necessárias. Os cuidados têm de ser com você e o entorno”, destaca.