Os síndicos Juliana e Rafael usaram o programa da Apsa para equilibrar as contas

Em maio, o nível de inadimplência da taxa de condomínio ficou em 15%, de acordo com dados do Secovi-Rio — número bem acima da média histórica de 9%. O não pagamento pode causar um impacto direto no orçamento do condomínio e, por isso, algumas administradoras já oferecem aos condomínios algumas opções financeiras.

— O condomínio tem duas opções: cortar despesas ou conseguir empréstimo até recuperar a adimplência, ou emitir alguma cota extra. Só recomendamos o empréstimo em último caso. O melhor é ajustar as despesas — afirma Luiz Barreto, presidente da Estasa.

 A administradora fez parcerias com financeiras, que oferecem taxas mais competitivas em caso de empréstimo. E adiaram o reajuste anual em contrato da taxa de administração. Já a Cipa adiou a cobrança da taxa de administração do mês de abril dos condomínios administrados pela empresa, afirma a vice-presidente da Cipa, Maria Teresa Mendonça:

— O valor da taxa varia de condomínio para condomínio, dependendo da quantidade de unidades, número de funcionários e do pacote de serviços contratado pelo cliente — explica.

A Apsa fez parceria com um fundo em que o condomínio recebe o valor total da cota condominial dos inadimplentes. E é este fundo que cobrará do morador que está devendo, explica Edgar Poschetzky, gerente geral de Gestão Condominial da APSA.

Os síndicos profissionais Juliana e Rafael Furtado, da empresa JRF gestão condominial, usaram o programa da Apsa em dois condomínios que administram para equilibrar as contas.

— Para um condomínio pequeno, um morador que não pague a taxa já faz muita diferença no orçamento— diz Juliana.

Já a Precisão Empreendimentos Imobiliários fez uma iniciativa voltada para os condôminos. A empresa oferece um seguro garantia da cota condominial, que poderá ser usado em casos de morte, invalidez e perda de emprego, explica Paulo Codeço, supervisor da Precisão Empreendimentos Imobiliários.

Sérvulo Mendonça, consultor financeiro e CEO do Grupo Epicus, afirma que o controle do fluxo de caixa e orçamento de cada condomínio é que determinará a necessidade ou não de giro.

— Então é necessario estabelecer melhores controles financieros e projetar cenários para poder avaliar a necessidade de tomada de crédito. Nesse momento os bancos privados estão com taxas maiores que CEF e BB, mas tudo depende de relacionamento com a instituição.