Síndicos restringem acesso a áreas comuns e orientam moradores a evitar aglomerações

Medidas para evitar pico de contágio pelo novo coronavírus começam a ser feitas em condomínios de Campo Grande. Com mais pessoas em casa especialmente pelo cancelamento das aulas nas redes pública e privada de ensino, objetivo é evitar aglomerações que transformem os residenciais em focos da epidemia.

No Rossi I, localizado no bairro Rita Vieira, todos os agendamentos para os salões de festas foram cancelados até a segunda ordem. Quadras e piscinas também estão fechadas. O síndico Ederson Velasquez recomendou aos moradores que evitem receber visitas ou fazer reuniões dentro de casa e quando for realmente necessário receber alguém, há álcool em gel disponível na portaria para a higienização.

“A primeira medida que tomamos foi, na verdade, informar os condôminos sobre a doença e restringir o acesso às áreas comuns. Colocamos avisos das medidas que tomamos, que valem por tempo indeterminado, para tentar restringir o contágio”, explicou ao Correio do Estado.

No condomínio Monte Castelo, a zeladoria informou que a administração ainda está planejando as ações de prevenção, mas que também devem seguir as diretrizes definidas pelos órgãos públicos e autoridades ligadas à área da saúde.

A própria Associação Brasileira de Síndicos e Síndicos Profissionais (Abrassp) baixou recomendação para todo o país orientando ações semelhantes.

Por enquanto ainda não há menção a toques de recolher. A medida é prevista pelo menos durante 30 dias e pode ser prorrogada caso a epidemia se alastre.

Além disso, há preocupação com relação aos funcionários do grupo de risco, sejam idosos ou pessoas com doenças crônicas que são mais vulneráveis ao vírus. Nesses casos, recomenda-se trabalho em casa ou folga no caso de serviços de conservação e limpeza.

Outro ponto destacado pela Abrassp é suspender os atendimentos presenciais aos condôminos, a menos que o contato seja extremamente necessário. Aos moradores, evitar pedir produtos pelo delivery também ajuda a evitar aglomerações desnecessárias nas portarias.

A equipe de reportagem também entrou em contato com o Sindicato dos Trabalhadores de Condomínios de Campo Grande (Secorciti) para saber se a entidade faria alguma recomendação aos associados. A demanda foi encaminhada à presidência, que não se manifestou até a publicação desta reportagem.