Agentes do MPRJ e da Polícia Civil prenderam integrantes da mesma família

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e a Polícia Civil prenderam nesta terça-feira (18) duas pessoas da mesma família suspeitas de integrar uma organização criminosa que lesou um condomínio-clube em Itaipava, distrito de Petrópolis, na Região Serrana.

Outros dois suspeitos estão foragidos e também foram cumpridos mandados de busca e apreensão.

Segundo a Polícia Civil, o quinto alvo da operação, uma idosa, não foi presa por conta da idade avançada e terá a prisão substituída por prisão domiciliar.

De acordo com as investigações conduzidas pela 106ª Delegacia de Polícia de Itaipava, o condomínio-clube foi utilizado como instrumento para a prática dos crimes de falsidade ideológica, apropriação indébita qualificada, estelionato, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Segundo o MPRJ, um policial civil aposentado, que ao longo do período investigado ocupou os cargos de presidente e tesoureiro do clube, é o líder da organização criminosa.

Além dele, ainda segundo o MP, integram o grupo sua esposa, também ex-presidente do clube, sua mãe, sua filha e seu genro, todos os quais ocuparam cargos na diretoria do clube e nos conselhos deliberativo e fiscal, além de terem cedido seus nomes e contas bancárias para a prática dos crimes citados.

O MPRJ informou que os sócios do clube relataram que a recusa sistemática do policial aposentado em prestar contas, a aprovação de contas não visualizadas, a falta de autonomia do conselho deliberativo e o não cumprimento por parte do conselho fiscal de suas atribuições, configuram condutas que serviram para mascarar os crimes cometidos por ele e seus familiares.

Ainda de acordo com o MP, a esposa era considerada o braço financeiro da organização criminosa pois, por suas contas bancárias, transitou a maior parte do dinheiro arrecadado ilicitamente, uma vez que a maior parte das movimentações financeiras era feita em sua conta pessoal, com os bens colocados em seu nome.

As investigações apontam que ao longo do período de 02/01/13 a 19/11/18, mesmo constando como dependente do policial aposentado na declaração de Imposto de Renda e sem declarar qualquer receita ou atividade financeira, a mulher transitou por suas contas bancárias a maior parte do dinheiro movimentado pela organização o qual, segundo o MP, ultrapassou os R$ 4 milhões.

O G1 tenta contato com a defesa dos suspeitos.