Sindicância feminina

O empoderamento da mulher síndica

Muito se tem falado do empoderamento feminino, através de palestras, mentorias, imersões, artigos em revistas, grupos de WhatsApp, enfim nos mais diversos canais de comunicações que atualmente dispomos.
Mas, a pergunta que se faz é como se dá o empoderamento da mulher, em especial da mulher síndica? Sim, estamos falando do exercício de uma atividade que por muitos anos foi exercida por homens, uma vez que envolvem tratativas com fornecedores, prestadores de serviço, colaboradores, enfim um ambiente predominantemente masculino.

Não é segredo para ninguém que a mulher por natureza desenvolve algumas habilidades das quais no ambiente coorporativo são muito bem-vindas, dentre elas:

Comunicadoras: As mulheres são melhores ouvintes que os homens, e essa é exatamente a habilidade mais importante para gerenciar a vida no condomínio. Essa habilidade é muito bem vinda no exercício da sindicância uma vez que permite que haja uma interação entre os condôminos, prestadores de serviços, colaboradores no geral. Ser uma síndica que saiba se comunicar e saiba ouvir acarretará uma confiança e credibilidade maior no exercício da função;

Construtoras: As mulheres são melhores construtoras de consenso. A sindicância é exercida através do aprendizado, da liderança e acima de tudo uma influencia coletiva. Uma sindicância bem exercida leva mais condôminos a participar das assembleias, gera uma empatia coletiva, construindo um ambiente harmônico;

Éticas: As mulheres praticam um senso mais latente de ética no dia a dia, através de sua postura e posicionamento. A mulher síndica tende a levar esta bagagem pessoal ao exercício da atividade, mediante análise criteriosa de orçamentos, elaboração de contratos até a aplicação de penalidades quando necessária.

Pacientes: As mulheres são mais pacientes tanto com funcionários como com colaboradores, sendo menos propensas a tomar decisões precipitadas, estando mais dispostas a esperar mais tempo por um resultado desejado.

Apaixonadas: De acordo com Jay Forte, autor de Fire Up , as mulheres são “mais astutas em saber como ativar a paixão em seus funcionários”. No exercício da sindicância esta qualidade gera lealdade, uma vez que motiva funcionários, colaboradores e cativa condôminos. As mulheres são construtoras de comunidades e construtoras de consenso, o que é importante no exercício da sindicância.

A mulher síndica deve ter confiança no exercício da atividade a ser desempenhada, ser firme no posicionamento tanto na discussão de orçamentos como nas diversas decisões a serem tomadas no dia a dia, sem perder a doçura inerente de sua natureza.

As mulheres no geral e não somente a mulher síndica deve se estabelecer no mercado de trabalho calcadas nos princípios éticos, morais, legais e acima de tudo intelectual, pois somente estes valores vão manter a mulher no mercado de trabalho, seja na área que for.

Seja destemida, mostre seu talento, através do exercício de um trabalho sério e comprometido, empodere outras mulheres.

Não estamos aqui para travar uma luta contra homens e sim unir-se a eles, buscar nos homens a expertise já alcançada num ramo que até a poucos anos era exercido por eles, trocar ideias, sugerir soluções, praticar networking, enfim homens e mulheres não devem travar batalhas nem no trabalho nem na vida, porque em batalhas somente um vence, mas quando nos unimos os dois vencem.

Existem excelentes síndicos e excelentes síndicas, e independente do gênero, cor, religião, o importante no desempenho da função de síndico/síndica é ser uma pessoa de boa índole, honesta, competente, compromissada, preocupada com a ética, com a transparência e comprometida com uma gestão eficiente das contas condominiais.

Portanto mulheres e homens se deem as mãos e tenho certeza de que o empoderamento tanto da mulher quanto do homem será alcançado.