Os 17 blocos que abrigam 136 famílias custaram R$ 6 milhões e foram entregues a famílias de baixa renda em outubro de 2012

 

Uma nova vistoria deve ser feita no conjunto de blocos do Condomínio Habitacional Duque de Caxias, financiado pelo programa “Minha Casa, Minha Vida”, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná.

Os 17 blocos que abrigam 136 famílias custaram R$ 6 milhões e foram entregues às famílias de baixa renda em outubro de 2012. Desde então, muitos moradores vêm relatando problemas nos apartamentos como rachaduras e acabamentos de má qualidade.

Este é o primeiro caso de possível demolição envolvendo um empreendimento do programa federal.

Cada família paga R$ 25 a R$ 80 por mês pelos imóveis recebidos. Todos deverão receber R$ 880 de aluguel social até que o caso seja resolvido.

A decisão para a nova vistoria é do Juiz Federal Rony Ferreira, que atende a um pedido do ex-diretor do FozHabita Edson Stumpf, que chefiava o cargo em 2012.

Stumpf informou que é o responsável técnico pelo projeto estrutural da obra e quer comprovar que não há risco eminente de queda de nenhum dos 17 blocos.

Os gastos para a perícia devem ser pagos Stumpf, e ele pode escolher um perito de confiança, que vai ter até 60 dias para finalizar o trabalho.

Assim que o novo laudo for entregue ainda existe um prazo de 15 dias para que o ex-diretor e a Caixa Econômica Federal tomem conhecimento do conteúdo.

A Caixa disse que vai seguir as determinações em relação a vistoria e a pericia. E que, depois do resultado, vai aguardar uma nova decisão da Justiça em relação a demolição dos prédios.

Na segunda-feira (15), a Procuradoria Jurídica recebeu o projeto de destinação dos resíduos que vão ser gerados com a demolição, mas esse laudo ainda precisa passar pela Secretaria do Meio Ambiente para depois liberar a demolição.

Condomínio que corre o risco de desabar em Foz do Iguaçu deve passar por nova vistoria — Foto: Reprodução/RPC