Segundo familiares da vítima, menor estava jogando futebol com amigos quando atingiu criança acidentalmente; caso é investigado pela Polícia Civil

 

As câmeras de segurança de um condomínio registraram o momento em que um homem dá socos e chutes em um adolescente de 16 anos, em Goiânia (veja vídeo acima). Segundo a família do menor, as agressões ocorreram após a filha do autor, de 8 anos, ser atingida acidentalmente por uma bola, na quadra do prédio. O caso foi registrado na Policia Civil.

De acordo com um parente do adolescente que não quis ser identificado, o homem que aparece no vídeo agredindo o adolescente é um vizinho da família, que trabalha como professor na rede pública, que teria ficado revoltado após a filha chegar em casa chorando após ser atingida pela bola.

“O próprio adolescente não quer descer para brincar. Sentimento de medo, de revolta, de amedrontamento. Ele acorda no meio da noite chorando. Uma pessoa formada, que deveria dar estudos para uma criança, ensinamento. É um sentimento de revolta. A gente espera justiça”, desabafa.

O homem suspeito de agredir o menor informou, em nota, que antes da confusão a filha dele foi "agredida verbalmente e fisicamente pelo adolescente de 16 anos". Ele também afirmou que está sendo ameaçado pela família do menino (veja a nota na íntegra ao fim do texto).

O caso ocorreu na terça-feira (31), na área comum do Condomínio Yes, na Vila Jaraguá, região norte de Goiânia. Conforme registro da Polícia Civil, o adolescente estava jogando bola com amigos quando atingiu o rosto de uma menina de 8 anos. A criança teria subido para o apartamento da família chorando e, após contar ao pai o que ocorreu, o mesmo desceu o elevador e encontrou com o menor.

As imagens mostram o momento em que o adolescente começou a ser agredido. O homem acerta um chute e, em seguida, dá vários socos em várias partes do corpo. O menor tenta correr, mas o homem vai atrás e continua batendo. Segundo um vizinho, a briga só acabou porque um vigilante do condomínio interviu.

“Quando ele correu para fora, no pátio, ele continuou batendo no menino. O menino correndo, tentando se livrar, mas ele deu muita pancada no menino, muita pancada mesmo”, disse.

Segundo a delegada Tereza Daniela Nunes Ferreira Magri, o caso é investigado pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente de Goiânia (DPCA) de Goiânia.

“O TCO será lavrado por lesão corporal leve e injúria em razão aos xingamentos que foram proferidos no momento das agressões”, afirmou.

Câmeras mostram momento em que homem agride menor, em Goiânia (Foto: TV Anhanguera/Reprodução) Câmeras mostram momento em que homem agride menor, em Goiânia (Foto: TV Anhanguera/Reprodução)
Câmeras mostram momento em que homem agride menor, em Goiânia (Foto: TV Anhanguera/Reprodução)

O outro lado

"A minha filha de apenas nove anos de idade foi agredida verbalmente e fisicamente pelo adolescente de 16 anos. Ela brincava na quadra de esportes do condomínio juntamente com outras crianças. O adolescente se aproximou intimidando um dos coleguinhas e ela, ao tentar defender o colega, foi ofendida com palavras de baixo calão e recebeu um tapa no rosto, que até quebrou o seu óculos.

Ao me deparar com minha filha chorando em estado de total desespero, com o óculos quebrado e relatando o ocorrido, saí em defesa de minha filha, como qualquer pai faria naquela situação. Prefiro não gravar entrevista porque minha família está sendo ameaçada pela família do adolescente e também por terceiros que possuem interesses escusos e estão utilizando-se da situação para prejudicar minha família e incitar o ódio. Estamos reféns da situação e estamos sendo vítimas de injúria, difamação e discurso de ódio, já que a família do adolescente está distorcendo os fatos.

O adolescente que agrediu minha filha, em 1º lugar, possui vasto histórico de praticar bullying e violência física contra crianças menores no condomínio, especialmente contra os meus filhos que possuem apenas 9 e 13 anos e que as medidas não foram tomadas pela família e responsáveis do adolescente. Meus filhos agora estão com medo de saírem de casa devido às ameaças que estamos recebendo.

As medidas legais estão sendo tomadas contra o adolescente e sua família junto à Polícia e às demais autoridades competentes, por isso a minha família está recolhida por questões de segurança. Em um momento oportuno, irei me pronunciar por meio de advogado", diz o pai.