A profissionalização do síndico é uma tendência em todo país, segundo especialista

O horizonte de Teresina está mudando. A verticalização da cidade é uma tendência das capitais em expansão e uma realidade que já pode ser observada na capital do Piauí. O último censo do IBGE (2010) afirma que existem cerca de 160 mil condomínios em todo o país. Em 2017, o número estimado é de 200 mil, devido ao crescimento imobiliário e investimentos no setor. A estimativa é de que o setor movimenta valores na ordem de 6 bilhões de reais anuais em todo o país.


Como verdadeiras micro cidades, os condomínios enfrentam cada vez mais dificuldades de gestão: o síndico, no geral um morador eleito para a posição, é responsável por contas cada vez mais complexas e precisa prestar contas de tudo que acontece.

Além disso, precisa conciliar a vida e o trabalho pessoal com os problemas que surgem no local onde mora. Resolver brigas de vizinhos (que muitas vezes são seus amigos), viver a serviço dos muitos problemas relacionados a conservação e ser funcionário voluntário 24hs por dia, transformou a posição de síndico num papel cada vez menos desejado.

A solução encontrada é a profissionalização do cargo, tendência que segundo o especialista paulista Márcio Rachkorsky é uma realidade em todo o país. O advogado especialista em condomínios esteve em Teresina para palestra exclusiva e instalação do modelo em um condomínio recém inaugurado. Márcio, além de especialista no assunto, é também síndico profissional atuando a mais de 10 anos no mercado.

"A realidade está mudando. Os condomínios ficaram enormes, a administração ficou complexa, a legislação ficou muito ampla e ser síndico virou um abacaxi. A tendência dos condomínios grandes é migrar para a gestão profissional. Alguém que organize as tarefas, que faça um planejamento estratégico, que é o síndico profissional. Essa é uma profissão que vem ganhando espaço em grandes centros como São Paulo e o Rio de Janeiro", afirma o especialista.

Márcio esteve em Teresina para implementar o modelo em um novo condomínio. "Estou em Teresina para a Assembleia Geral do condomínio Empress. Vim a convite da incorporadora , pois a recomendação que eles dão aos moradores é que os primeiros seis meses tenha-se um síndico profissional para organizar as tarefas", afirma. "Esse modelo já foi adotado em outros condomínios da mesma incorporadora. Os moradores adoraram e escolheram como modelo de gestão fixa", conta.

O Síndico Profissional, segundo Márcio, é um profissional contratado pelo condomínio e pago pelos próprios moradores. "Diferente de um morador, o gestor profissional está todos os dias no local e consegue resolver com mais agilidade, com mais técnica, resolver os problemas que surgem.".

O advogado afirma ainda que a adoção do modelo barateia os custos e valoriza a propriedade. "Se fizermos uma estimativa, um condomínio com 100 apartamentos tem os custos para adotar o modelo na faixa de até R$ 30,00 por morador, tendo a vantagem de uma boa gestão valorizar o imóvel e conseguir baratear a taxa de condomínio", afirma.

Téllio Totaro, diretor de incorporações, afirma que a gestão profissional é a solução para muitos problemas que surgem na implementação de um novo condomínio. "Nossa recomendação é sempre a implementação de um modelo de gestão responsável e profissional. Trouxemos o Márcio para falar sobre esse modelo e obtivemos uma resposta muito positiva dos moradores", afirma o diretor. "É um modelo que já adotamos em outros empreendimentos e que apostamos como o futuro da gestão em todo o pais", finaliza.