Área de lazer do condomínio desabou em julho de 2016 e deixou uma pessoa morta. Empresa prevê gasto de R$ 130 milhões em dois anos.

A Cyrela, incorporadora responsável pelo condomínio de luxo Grand Parc Residencial Resort, localizado na Enseada do Suá, em Vitória, disse que vai indenizar os moradores do condomínio e reconstruir a área de lazer, que foi destruída após um desabamento em julho de 2016. Para isso, a empresa estima um investimento de R$ 130 milhões, que serão gastos ao longo dos próximos dois anos.

O desabamento no Grand Parc aconteceu por volta das 3h do dia 19 de julho de 2016. Entre os feridos do desabamento estavam o síndico, Fernando Maques, e os funcionários André Luiz Fernandes, Braz Luís Piva, e Alan Martins. O porteiro Dejair das Neves, de 47 anos, morreu. Ele chegou a ficar desaparecido nos escombros por cerca de 15 horas.

Todos os apartamentos foram interditados e os moradores precisaram deixar o prédio. Atualmente, os condôminos ainda estão acomodados em apartamentos alugados com o auxílio da construtora responsável pela obra ou em casas de parentes.

No comunicado, publicado na segunda-feira (22), a empresa diz que não é a responsável direta por eventuais falhas na execução do empreendimento e afirma que vai continuar trabalhando para apurar as causas do acidente e responsabilizar os envolvidos.

“A Companhia esclarece e reitera a inexistência de qualquer responsabilidade direta de sua parte por eventuais falhas na execução do empreendimento, como também consequentes avarias e prejuízos às obras do empreendimento, já que não construiu a obra e nem contratou o projetista, sendo isso realizado por ex-sócio terceiro”, disse.

A empresa ainda diz que “após a apuração das investigações, irá tomar as medidas cabíveis e judiciais no sentido de responsabilizar os autores causadores do acidente, a fim de ser ressarcida dos dispêndios efetuados”.

A Incortel, apontada como construtora da obra, disse que a responsável pela construção do condomínio foi a empresa paulista Serv Obras - Serviços de Obras e Construção Civil LTDA, e que ela apenas administrou a obra.

A Incortel disse, também, que já foram realizadas duas perícias por empresas especializadas, que utilizam de alta tecnologia na verificação estrutural, e ambas apontaram em seus laudos o subdimensionamento do cálculo estrutural como a causa do desabamento da laje do Grand Parc.

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