Desabamento da área de lazer do condomínio desabou há quase 7 meses. Previsão é que trabalho de retirada dure cerca de 4 meses.

Quase sete meses depois do desabamento da área de lazer do condomínio de luxo Grand Parc, na Enseada do Suá, em Vitória, os 280 carros que ainda estão debaixo das lajes, começaram a ser retirados há cerca de 15 dias. A previsão é que o trabalho, importante para continuidade das perícias, dure cerca de quatro meses.

O desabamento no Grand Parc Residencial Resort, na Enseada do Suá, em Vitória, aconteceu por volta de 3h do dia 19 de julho de 2016. Entre os feridos do desabamento estavam o síndico, Fernando Maques, e os funcionários André Luiz Fernandes, Braz Luís Piva, e Alan Martins. O porteiro Dejair das Neves, de 47 anos, morreu. Ele chegou a ficar desaparecido nos escombros por cerca de 15 horas.

“As perícias estavam paradas, em função de não conseguir ter acesso sob os escombros. Agora, com o início da remoção, nós começamos a permitir que os peritos tenham acesso a esses locais”, explicou o representante do comitê de gestão de crise criado pelo condomínio, José Gama Christo.

Para fazer a remoção dos veículos, a incorporadora responsável fez um mapeamento dos locais de interesse dos peritos.

“Juntos, eles definiram quais eram os locais que necessitariam ter acesso. A incorporadora, com sua equipe especializada em remoções, começou a abrir esses acessos para que eles pudessem ir aos locais fazer as inspeções e verificações. Depois que eles liberam os locais, a gente começa a retirar os veículos e os escombros”, explicou Christo.

Depois de retirados com máquinas, os carros são colocados numa rua interna, para que a administração comunique os moradores e eles possam ir até o local, tentar pegar algum pertence de dentro do veículo.

Segundo o comitê, um total de seis perícias são realizadas no condomínio. “Uma foi designada para ser feita somente no projeto e as outras cinco continuam em andamento agora, atuando também na área do condomínio”, falou.

Christo destacou que não há prazo para a conclusão das perícias, mas a expectativa é que, no praxo máximo de seis meses, algumas sejam finalizadas.

“Depende do resultado de análise, que vai para laboratório. Agora mesmo, enquanto eles estão fazendo essa verificação no local, estão coletando várias amostras de ferragem, de concreto, para agilizar”, disse.