A ferramenta já é usada por mais de 12 mil pessoas e gera uma receita de R$ 19 mil por mês

A vida em condomínio não é fácil. No entanto, tarefas como reservar o salão de festas do prédio, registrar algo – que geralmente não agradou – no livro de ocorrências (do edifício) podem ser feitas pelo aplicativo Condomínio Interativo desenvolvido pela empresa pernambucana Techmetria, especializada em serviços de engenharia e soluções de tecnologia. “Fazemos a individualização de água e gás para condomínios. Alguns síndicos pediram para começarmos a oferecer alguns serviços a mais e aí desenvolvemos o aplicativo lançado em agosto do ano passado”, conta o diretor comercial da Techmetria, Roberto Fagundes.

Atualmente, o aplicativo é usado por 12 mil pessoas em 315 prédios e gera uma receita média de R$ 19 mil por mês para a Techmetria que cobra, geralmente, R$ 2, mensalmente, por apartamento, casa ou sala comercial cadastrados.

Os principais serviços oferecidos são: assembleia virtual, na qual o condômino pode votar utilizando uma senha, reserva de área comum, livro de ocorrência, comunicados, controle da manutenção, além da disponibilidade de documentos on line do condomínio como atas, notas fiscais dos serviços realizados e até um classificados com os serviços que podem ser prestados pelos próprios moradores.

“Por exemplo, se uma pessoa estaciona entrando um pouquinho na vaga de outro vizinho. Aquele que se sentiu prejudicado, tira a foto e coloca no livro de ocorrências virtual”, cita Roberto, acrescentando que o aplicativo também contribui para os avisos serem mais vistos rapidamente por todos os moradores. “Somente quem não usa o computador ou o celular fica de fora”, acrescenta.

O síndico do Prédio Vila Real, Renato Cassimiro, diz que “a principal vantagem de usar o aplicativo foi deixar de usar o WhatsApp para discutir as iniciativas do condomínio. As ferramentas mais usadas são as reservas das áreas comuns e o registro de ocorrências usando o celular”.

Para ele, esse sistema automatizou os processos e facilitou a administração.

NOVOS NEGÓCIOS

A empresa está investindo no aplicativo porque enxerga nele a possibilidade de passar a oferecer novos serviços sem ter que aumentar a quantidade de funcionários ou escritórios físicos.

“O nosso faturamento é alto, mas os custos também são muito altos, porque para fazer os nossos serviços temos que disponibilizar encanadores, secretária, entre outros profissionais. No aplicativo, qualquer prédio pode contratar o serviço sem termos que colocar pessoas para fazer o trabalho físico no edifício”, argumenta Roberto.

O faturamento do grupo ficou em R$ 9 milhões no ano passado. Fundada há nove anos, a companhia tem a matriz em Pernambuco, emprega 62 funcionários e tem escritórios em Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará.