Crianças foram picadas; condôminos precisam fechar janelas e portas. Bombeiros recomendam evitar veneno ou jogar fumaça.

A invasão de abelhas preocupa moradores de um conjunto habitacional de Joinville, no Norte de Santa Catarina. Crianças já foram picadas e os pais precisam deixar sempre portas e janelas fechadas para evitar a entrada desses insetos nos apartamentos.

Os bombeiros recomendam que as pessoas evitem passar veneno ou jogar fumaça, como mostrou o Jornal do Almoço desta quinta-feira (9).

Colmeias no forro

Os moradores do Condomínio Trentino II, na Zona Sul do município, enfrentam o problema há no mínimo dois anos. Os enxames invadiram o telhado dos blocos e os apartamentos.

De fora, as colmeias parecem pequenas, mas dois sobrinhos da dona de casa Aline Cuban já foram picados mais de uma vez.

"Elas vinham, entravam pela janela, principalmente da sala, e ficavam ali no chão. As crianças iam para brincar ali no tapete, assistir à televisão, e acabavam pisando em cima delas", contou a moradora.

Quando as abelhas estão agitadas, é preciso fechar as portas e janelas dos apartamentos. Os enxames se concentram em dois blocos do condomínio. No bloco 8, duas famílias abandonaram os apartamentos por conta das abelhas.

As colmeias ficam no forro. Os moradores contam que em dias de sol quente a situação fica pior porque as abelhas ficam mais agitadas e invadem os apartamentos.

"Elas vêm todas para o lado de fora, ficam todas amontoadas do lado de fora e as crianças não podem sair para fora para brincar", contou o morador Samuel Cordeiro.

Tentativas

Além do telhado, as abelhas também fazem colmeias nos bocais de luz. A síndica, Maria Regina Camilo, disse que os moradores já tentaram algumas medidas para exterminar esses insetos, como jogar veneno ou tentar queimá-las.

"No ano passado, eu paguei um morador e ele foi lá, passou veneno. Naquela parte ali morreram. Mas elas saíram dali e fizeram outra colmeia, que continua ali ainda", relatou a síndica.

Ela entrou em contato com os bombeiros e também com os apicultores da Fundação 25 de Julho. "Eles falam pra mim que não é mais o trabalho deles e eu tenho que pegar, alugar um muque, qualquer outra pessoa, ou procurar um apicultor porque eles não podem fazer esse trabalho, não podem arriscar a vida dos homens deles".
Bombeiros

Os bombeiros foram na tarde desta quinta-feira no condomínio para avaliar a situação, conforme a RBS TV. Eles disseram que não podem fazer nada por conta da dificuldade de acesso. A corporação deve acionar a Defesa Civil.

"O bombeiro não pode queimar, nem molhar ou matar as abelhas, exterminar", explicou o coordenador de equipe dos bombeiros voluntários, Marcio Ferreira.

A prefeitura informou que a Secretaria de Agricultura, antiga Fundação 25 de Julho, não faz a retirada de abelhas, mas pode avisar os apicultores da região sobre a situação